sábado, 24 de janeiro de 2009

Dia 13/01 De Arica à Antofagasta


Acordamos bem cedo para aproveitar a manhã na estrada, pois teríamos longos trechos cansativos, e queríamos evitar o calor. Foram longas retas de deserto, sem nada, apenas o vento que formava redemoinhos de areia, que às vezes cruzavam a pista à nossa frente. Precisei da gasolina reserva duas vezes. Primeiro, entre Arica e Iquique, pela ruta 5, onde são 300 km se absolutamente nada, só areia e vento. Existem uns raríssimos povoados neste caminho, mas não sei como conseguem persistir! Em Pozo Almonte abasteci em um posto Esso e em Quillagua, em um ponto de fiscalização, completei com a gasolina reserva. Fui levando a Hornet na "ponta dos dedos" até Carmem Alto, onde havia outro posto de gasolina. O problema é que havia muito vento, principalmente entre Quillagua e Antofagasta, então, o consumo de combustível fica muito alto, e as motos estão bem carregadas.
Chegando em Antofagasta, procuramos uma oficina para trocar óleo das motos. Encontramos uma autorizada Yamaha na avenida beira mar, perto do porto. Eles já estavam encerrando o expediente, o mecânico responsável já estava de saída, mas disseram que poderíamos, nós mesmos, entrar na oficina e fazer a manutenção necessária nas motos.
O Luciano e o Omar até gostaram da idéia.
Colocamos as motos no fundo da oficina e, enquanto os dois preparavam a troca, fui com a Eloá buscar o óleo, na loja da revenda.
Quando vimos, estavam nos ajudando os dois mecânicos, e os dois sócios da loja, ninguém havia ido embora!
Foram muito legais com a gente e ainda nos indicaram um hotel para ficar. Começou então nossa "saga" para achar um lugar para pernoitar. Pode parecer estranho, mas Antofagasta lota de uma maneira no verão, que foi super difícil achar um cantinho para nós. Em um hotel, que estava lotado, ligavam para outro que também estava, que por sua vez ligava para outro e assim sucessivamente. Um colombiano, com uma moto BMW nos encontrou no centro e disse que estava procurando a horas um lugar e que a única opção era um residencial, numa rua próxima.
Ele estava atrás de outros brasileiros, que lhe haviam pedido ajuda para encontrar hotel, mas na confusão do trânsito acabou se perdendo dos outros e nos encontrando.
Fomos atrás do colombiano. Mas, chegando no lugar, não me inspirou segurança. Era escuro, mal fechado e tinha umas criaturas meio estranhas...
Eu e a Eloá decidimos procurar algo caminhando. Não fomos muito longe e achamos um apart hotel. Era a única opção. Saiu meio caro, mas foi o jeito.
Bem perto dalí, encontramos um restaurante de um brasileiro, gaúcho de Lajeado, que está a 15 anos morando no Chile. Deu para matar a saudade da comida brasileira!










Troca de óleo das 3 motos, em Antofagasta.


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