Pessoal, estamos no Perú!!!
Saímos cedo de Iquique e pegamos a panamericana rumo ao norte. Andamos 300 kms sem nada para ver, muito deserto, nao havia um lugar decente, com sombra pra parar. Como já estávamos preparados, levamos 5 litros de gasolina reserva pra minha moto. À alguns kms de Arica, encostei em um restaurante de beira de estrada, do tipo que vemos em filmes de velho oeste, só faltando o cachorro parado na porta, e passamos a gasolina reserva para a minha moto. A monotonia era quebreda por alguns pequenos redemoinhos de areia que se erguiam na beira da estrada.
Chegando à Arica, abastecemos e fomos à Aduana fazer a saída do Chile. Perdemos um bom tempo aí, mas ainda teríamos que passar pela aduana peruana.
Chegando à aduana peruana,nos mandaram parar em uma fila. Assim fizemos. Nao demorou. Aí, fomos para outra fila,onde um policial carimbou um papel que já havia sido carimbado na aduana chilena. Nos mandaram para a terceira fila, só para pegar um formulário. Preenchemos o tal papel e entramos na fila novamente. O funcionário olhou, conferiu e disse que tínhamos que procurar o fiscal de aduana que estava na rua. Achamos o tal que foi até nossas motos, fazendo-nos ditar o número do chassis de cada moto. Tudo certo, carimbou e mandou voltar pra fila. Quando chegou nossa vez, novamente, o funcionário pediu nossos documentos e xerocou tudo, anotando após, vagarosamente, os dados em um caderno gigante. Colocou um número de protocolo em cada papel e mandou-nos procurar o fiscal sanitário. Na verdade eram dois, cada um colocou mais um carimbo nos nossos formulários e disse que o próximo passo era passar com as motos pela aduana final, onde entregamos uma via do papel carimbado. O fiscal contou os carimbos e foi nos liberando, um a um. E assim entramos no Perú, carimbados da cabeça aos pés.
Passamos por Tacna, nos perdemos naquela confusao de trânsito e quando achamos o caminho certo, tocamos até Moquegua, onde nos hospedamos em um hotel muito bom.
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