segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sul do Chile 2008 Parte 6

Juntos, mas cada um na sua! 2008
Sul do Chile e Argentina

Parte 6

Resolvemos então alugar um carro para passear no dia seguinte. Na primeira locadora me apresentamos como brasileiros, contamos sobre nossa viagem e o preço do carro ficou em aproximadamente R$ 90,00; com km livre. Para certificarmos se havíamos feito um bom negócio, entramos em outra locadora, também perguntando sobre o valor de uma locação, só que não falamos que éramos brasileiros. Resultado: U$140,00. Muito acima do valor do primeiro lugar. Pra começar, já pediram em dólar! Explicação: todos os dias chegam vários grupos de europeus na cidade, principalmente alemães e aí tudo inflaciona. Se você quiser comprar algo lá, tem que deixar claro que é brasileiro, senão, vai perder dinheiro! Outro exemplo: estávamos numa feirinha de artesanato e chegou um ônibus com turistas alemães. O Luciano perguntou o preço de um boné e o rapaz que atendia respondeu “-U$100,00!!!”
Tomamos nosso chimarrão na hospedagem e fomos jantar.
A chuva batendo na janela nos acordou no dia seguinte. Tomamos nosso cafezinho caprichado que dona Rosi nos preparou, e munidos de cuia, erva, bomba, garrafa térmica, máquina fotográfica e tripé fomos enfrentar aquele dia carrancudo!
Pegamos o carro na locadora às 9 horas conforme combinado no dia anterior. Era um Aveo, carro da GM, completinho, com motor 1.4.

Começamos a fazer a volta no Lago LLanquihue e para nos vingar do frio e da chuvinha que agora caía, ligamos o ar condicionado! Primeira parada nos Saltos Del Rio Petrohue. Resolvemos não entrar pois não aproveitaríamos muito devido às condições do tempo. Tiramos algumas fotos e fizemos a volta. Começamos a subir então pela estradinha que leva à base do Vulcão Osorno, e mais adiante, à sua estação de esqui.





À medida que íamos subindo conseguíamos enxergá-lo melhor, mas em um certo momento ficamos envoltos em uma névoa que nos acompanhou até o final do caminho, onde há uma confeitaria, e um teleférico que conduz às pistas de esqui. Fazia muito frio e paramos várias vezes para tirar fotos do gelo que havia na estrada. Na confeitaria pedimos dois chocolates quentes para esquentar as mãos e o corpo. Estávamos tirando fotos quando aconteceu algo, que segundo os próprios funcionários do local é raro de acontecer nesta época: começou a nevar!!! Primeiro timidamente, pequenos floquinhos, mas logo começou a nevar com muita intensidade, cobrindo tudo com vários centímetros de neve. Viramos crianças. Não sabíamos o que fazer. Tirar fotos, jogar neve um no outro, ou se proteger dentro da confeitaria. Ficamos um tempo curtindo o ocorrido, mas eu estava preocupada com a descida. Haviam muitas curvas fechadas e íngremes e não havia muita visibilidade. A estrada praticamente havia sumido! Esperamos para ver se alguém desceria a montanha com aquela neve cobrindo tudo. Fomos até nosso carro, mas antes de entrar tivemos que tirar a neve de cima dele. Um casal de argentinos saiu em uma Parati e fomos atrás, seguindo o rastro deixado pelos pneus de seu carro. Só que como continuava nevando, os rastros eram cobertos em segundos e, cadê a estrada?

Foi uma experiência inesquecível. Descemos cuidadosamente, vencendo curva por curva e quando saímos da névoa, o tempo limpou como num passe de mágica. Paramos num mirador para tirar fotos e quando abri a porta caiu uma massa de neve no meu colo.
Seguindo nossa volta ao lago, passamos por Puerto Octay e Frutillar, pegando aí a Ruta Panamericana até Puerto Montt e depois até Maullín.
Foi sem dúvida, um dia muito bem aproveitado!