terça-feira, 30 de dezembro de 2008

De Ituizangó à Monte Quemado

Olá pessoal!
Hoje rodamos 660 kms, pegamos muito calor cruzando o chaco argentino, mas tivemos sorte de pegar muito asfalto novo. Foram só 3 kms de terra. Comecei a fazer uma nova coleçao: de borboletas. Hoje grudei dezenas no parabrisa da moto, no capacete e na roupa.
Passando pelo Pampa del Guanaco, eu e o Omar tivemos que deixar "una colaboración" para o guarda nos liberar. Eu dei um adesivo da viagem, o Omar deu 10 pesos e um punhado de balas de banana. Ele ficou faceiro da vida. E nós também.
Hoje de manha, na saída de Ituizangó, descobrimos que a dona do hotel também anda de moto. Ela e o pai. Ficou faceira da vida, deu bandeira da Argentina, fitas e pins para colacarmos nas motos. Acho que se pudesse ela iria nos acompanhar nesta viagem. Pessoa muito alegre e espontanea. Gracias Dona Norma.
Estamos em Monte Quemado, em um hotel que tem só uma estrela, e o pior de tudo que é uma estrela cadente. Só vai dar pra dormir e sair de fininho na madrugada.
Amanha vamos à Tilcara passar a virada do ano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

DIA 29/12 De casa até Ituzaingó - Argentina













Saimos às 5 horas de casa. Pegamos chuva da Tabaí até Espumoso. O tempo melhorou e começou a esquentar. Tiramos fotos no pórtico da regiao das missoes. A viagem rendeu. Almoçamos em Ijuí e resolvemos cruzar a fronteira e andar um pouco mais, pois nao havia movimento. Rodamos até Ituzaingó, na Argentina, completando hoje mais de 800 km de estrada. Estamos um pouco cansados, mas felizes.
Após um merecido banho, saímos para conhecer a cidade, que é um balneário e tiramos belas fotos do pôr do sol na beira do lago.
Jantamos num lugar bem bacana e saboreamos um surubi grelhado. O Omar e a Eloá preferiram a carne de polo (frango).










domingo, 28 de dezembro de 2008

Às vésperas da viagem !

Amanhã a esta hora estaremos na estrada. Sábado carregamos as motos e hoje, domingo, estamos protegendo as motos com contact e outros adesivos.








O Omar e a Eloá até já posaram para as fotos com a roupa de pilotagem!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Rumo à Terra dos Incas !

Agora falta pouco!
Estamos a três dias da partida e a ficha caiu. Já estamos preparando as motos.
Segue abaixo o roteiro que usaremos como base (as distâncias são aproximadas):
  • dia 29 dezembro: Canoas - São Borja; 600 km
  • dia 30: São Borja - Roque S. Peña (Argentina);660 km
  • dia 31: Roque S. Peña - Jujuy; 600 km
  • dia 01 janeiro: Jujuy - San Pedro de Atacama (Chile); 598 km
  • dia 02: visita;
  • dia 03: visita;
  • dia 04: San Pedro - Iquique (via ruta 1); 522 km
  • dia 05: Iquique - Moquegua (Peru); 527 km
  • dia 06: Moquegua-Desaguadero-Puno; 327 km
  • dia 07: Puno - Cuzco; 392 km
  • dia 08: visita;
  • dia 09: visita;
  • dia 10: Cuzco - Arequipa; 500 km
  • dia 11: Arequipa: visita;
  • dia 12: Arequipa - Arica (Chile); 417 km
  • dia 13: Arica - Calama (via ruta 5); 615 km
  • dia 14: Calama - Salta (Argentina); 730 km
  • dia 15: Salta - Roque S. Peña; 660 km
  • dia 16: Roque S. Peña - São Borja; 600 km
  • dia 17: São Borja - Casa. 600 km

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Rumo à Terra dos Incas !

Na viagem deste ano teremos a presença de grandes amigos, que nos acompanharão com uma TDM 900: o Omar e a Eloá!
Então, o grupo completo será o Luciano, de Fazer 600, eu, Tatiane, de Hornet e o Omar e a Eloá de TDM. Tem também o Felipe, filho do Omar e da Eloá, que será nosso ponto de apoio por aqui.
Estamos nos reunindo a cada 15 dias para planejarmos os detalhes. Em um destes encontros o Omar estava de aniversário! É claro que aproveitamos para fazer uma boquinha! A Eloá tem dotes culinários maravilhosos!



segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rumo à Macchu Picchu!


Estamos nos preparando para mais uma viagem!
Rumo à Macchu Picchu 2009.
Saída: 29 de dezembro de 2008
Duração:20 dias


quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sul do Chile 2008 Parte 10

Juntos, mas cada um na sua!

Sul do Chile e Argentina 2008.

Parte 10

Saímos de San Francisco em direção à Santa Fé e Paraná. Após este trecho, pegamos as Rutas 12 e 127. Neste trecho, meio deserto, paramos para almoçar e abastecer as motos. Só que não havia gasolina no único posto do local, e o próximo, para frente ficava a 130 km! Resolvemos não arriscar e voltamos um pouco, pois eu havia visto um outro posto num vilarejo que havíamos passado, 10 km antes. Se neste não houvesse gasolina também, estaríamos encrencados. Principalmente eu!
Chegando lá, o local parecia vazio. Pensei estar assim por não haver combustível. Demorou alguns minutos mas apareceu um frentista que, para meu alívio, veio em minha direção já perguntando se eu queria “super” ou “normal”. -Super e cheio, bem cheio!” Lhe disse.
Retomando nosso caminho, pegamos a Ruta 14 já em clima de despedida da Argentina.
Os caminhoneiros que viam em sentido contrário buzinavam, abanavam, faziam sinal de positivo, já sabendo que, com as motos carregadas e sujas como estavam, e naquele sentido da rodovia, estávamos concluindo nossa viagem. Uma grande viagem!
Chegamos antes do anoitecer em Uruguaiana. Ficamos no hotel de sempre, e após um bom banho, fomos matar a saudade da comida brasileira. Jantamos em frente à linda praça da cidade e de sobremesa assistimos ao pré carnaval, com uma de suas escolas de samba, desfilando bem em frente ao local onde estávamos. Ainda bem que o hotel não ficava por ali, senão seria difícil dormir.
No dia seguinte, fomos acordados por um forte temporal, com uma quantidade de relâmpagos e trovões que eu nunca havia visto! Tomamos café descansadamente, esperando o mau tempo passar. A chuva amenizou um pouco, mas não parou. Como já era mais de 10 horas da manhã, resolvemos sair assim mesmo, com a esperança de que a chuva parasse no caminho. Só que aconteceu o contrário. À medida que nos distanciávamos de Uruguaiana a chuva ia ficando cada vez mais forte. Até Alegrete não enxergávamos quase nada, e fomos conduzindo devagar, pois não havia lugar nenhum para parar. Fomos sair da tempestade já em São Gabriel, onde paramos para um lanche e abastecimento. Na saída do posto, mais raios e trovões, e uma enorme nuvem preta se aproximando. Saímos rapidamente antes que a chuva nos alcançasse novamente. Viemos tranqüilamente e, para cair logo na realidade, enfrentamos um congestionamento entre Porto Alegre e Canoas.
Chegamos em nossa cidade, Sapucaia do Sul, por volta de 18 horas do dia 18 de janeiro.
Foram, no total, 15 dias de viagem com exatos 6800 km rodados. Uma viagem que recarregou nossas baterias para mais um ano de trabalho. Viagem que abasteceu nossas mentes de boas lembranças e nos permitiu um grande crescimento individual e também como casal. Juntos, mas cada um na sua!!!
Um grande abraço, Tatiane e Luciano Kremer.

Sul do Chile 2008 Parte 9

Juntos, mas cada um na sua!

Sul do Chile e Argentina 2008.

Parte 9

Dia seguinte, como estávamos acostumados a acordar cedo, oito horas estávamos prontos para tomar nosso café. Depois, pegamos nosso inseparável companheiro, o chimarrão, atravessamos a rua e fomos sentar em um banco da bela praça para sorvê-lo.
No restante do dia, caminhamos pela cidade. O Hugo nos deu dicas ótimas de lojas para comprar lembranças e fomos conferir.
Jantamos em um lugar bem bacana, duas milanesas regadas a um vinho maravilhoso, já em clima de despedida da cidade.
Acordamos cedo para ganhar a estrada e partimos em direção à cidade de San Francisco, andando neste dia por volta de 760 km. Pegamos um pouco de vento neste dia, mas o que mais incomodou foi o trânsito intenso de caminhões e alguns congestionamentos devido à reparos na pista em alguns trechos.
Chegando à San Francisco, nos hospedamos em um bom hotel. Guardamos as motos na garagem, jantamos no restaurante do próprio hotel e fomos caminhar para conhecer um pouco mais a cidade. Descobrimos uma concessionária Honda na avenida principal, a Cento Motos. Tem tudo o que possa ser preciso em caso de manutenção de motos em viagem e descobrimos também o endereço de um mecânico que, segundo os proprietários da loja, é o melhor da região e o único que mexe em motos grandes. Seu nome é Luiz Baldo e sua oficina fica na rua Independência, 2650. Achamos este tipo de informação muito importante, pois há um conceito errado entre nós motociclistas brasileiros, de que não há na Argentina e Chile lugares que possam fazer manutenção adequada em nossas motos. Como vimos, não há necessidade de carregar pneu e óleo juntos do Brasil, bem como outras peças de reposição, para trocar no caminho.
Aproveitamos nossa viagem para “mapear” as cidades onde há estrutura adequada para mexer nas motos. É claro que deve-se iniciar uma viagem com as motos sempre bem revisadas, mas imprevistos podem acontecer e é bom estar preparado.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sul do Chile 2008 Parte 8

Juntos, mas cada um na sua!

Sul do Chile e Argentina 2008.
Parte 8

Nesse nosso regresso pela Rodovia Panamericana paramos para descançar em Chillán e Los Andes. Calculamos os dias de nossa viagem para passar por Santiago em um domingo. Assim não teríamos problemas com o trânsito complicado da cidade. E deu super certo! Passamos tranqüilamente pelo centro. Ao contrário da primeira vez, quando chegamos em Santiago no dia 31 de dezembro de 2002, às 16 horas da tarde. Resultado: o caos! Estávamos entre sete motos, eu de YBR. Perdemos um integrante da equipe e só fomos encontrá-lo no dia seguinte. ( Revista Duas Rodas, edição 335 ).
Decidimos pernoitar em Los Andes para poder aproveitar ao máximo a travessia da Cordilheira dos Andes no dia seguinte.


Acordamos para um dia bem light. Faríamos pouca km. Andaríamos apenas de Los Andes até Mendoza, parando para tirar muitas fotos! E assim fizemos.
Quando estávamos tirando fotos em Portillo, encontramos dois casais argentinos, que moravam em Mendoza e estavam retornando de Santiago. Um casal estava de África Twin e o outro de Transalp. Super simpáticos, saíram pouco antes de nós e acabamos nos encontrando novamente na aduana Los Libertadores. Havia uma fila imensa e os argentinos estavam muito a nossa frente, quase na vez de serem atendidos. Eles nos fizeram sinal, nos chamaram, pediram para que os carros recuassem para que nós passássemos com as motos.
Passamos junto com eles na aduana, nos poupando, quem sabe, umas duas horas de espera no sol. Percebemos que um deles, o Hugo, era conhecido por muitos na aduana. Policiais, motoristas, todos o cumprimentavam. Ele nos disse que tinha um programa humorístico na TV em Mendoza. No início não acreditamos muito, achamos que estava brincando. Estava sempre faceiro, com um sorrisso de orelha à orelha. Seu amigo, Omar, era mais calado, observador, mas igualmente simpático, assim como suas esposas.
Como agradecimento por terem nos auxiliado na aduana, presenteamos aos novos amigos com bonés e adesivos de nossa viagem. Sempre levamos alguns “souvenirs” junto em nossas andanças. É uma ótima maneira de deixar marcada a nossa passagem pela vida das outras pessoas.
Nossos presentes fizeram um efeito que não esperávamos. Eles ficaram tão surpresos e agradecidos, que nos escoltaram até Uspallata, onde nos pagaram uma pizza de almoço. E ainda combinaram de nos buscar no hotel, em Mendoza, para jantarmos juntos uma grande parrilla.

Após a pizza, fomos todos juntos até Mendoza. Eles foram para suas casas e nós nos dirigimos ao Hotel San Martin, ótimo hotel e com um preço justo, em frente à Praça Independência.
Como os argentinos são boêmios, o Hugo combinou de nos buscar para jantar por volta das 23 horas! Resolvemos descansar algumas horas e, quase meia-noite toca o telefone de nosso quarto. Era o Hugo nos chamando. Foi a turma inteira, nós, o Hugo, o Omar e suas esposas. Realmente, o Hugo é conhecidíssimo. Não havia ninguém que passasse sem acenar para ele! Que figura! Tem até um cd com músicas de sua autoria tocando nas rádios locais.

Após a janta, resolveram nos levar para conhecer a cidade. Ficamos rodando de carro por várias horas. Nos divertimos muito!!!
De volta ao hotel, resolvemos dormir sem horário para acordar. Ficaríamos um dia descansando em Mendoza.

Sul do Chile 2008 Parte7

Juntos, mas cada um na sua!

Sul do Chile e Argentina 2008


Parte 7



No dia seguinte, cedo da manhã, enchemos o tanque do carro e o devolvemos na locadora.
O sol vagarosamente começou a aparecer. Observamos que o céu gradativamente limpava e outro vulcão, um pouco menor, o Cabulco, começava a aparecer.
Pegamos as motos e resolvemos nos dirigir novamente para próximo do miradores que existem ao redor do Lago Llanquihue. Fomos novamente aos Saltos Del Rio Petrohue e, como desta vez o tempo estava melhor, resolvemos entrar.

Tiramos fotos belíssimas, mas com o vulcão Osorno ainda coberto. Ao menos havia sol. Fora do parque, o Luciano descobriu uma estradinha de terra que levava até a beira do rio e fomos com as motos até lá, tirando outras belas fotos. Neste local, encontramos um repórter chileno que estava fazendo uma matéria de turismo para um jornal de Santiago. Ele nos pediu permissão para tirar fotos nossas e publicar em sua matéria. Fomos então parar no caderno de turismo de um dos jornais mais conceituados da capital chilena!
Saindo daí, subimos novamente até a base do vulcão Osorno, tiramos mais fotos e voltamos para Puerto Varas. Antes disso, fizemos um pit-stop numa tendinha que vendia doces na beira do lago e saboreamos uma deliciosa “kuchen”. Pequenos momentos que geram grandes lembranças.



Após a janta, arrumamos nossas coisas para no dia seguinte começar nosso regresso.
Amanheceu chovendo novamente. Nos despedimos de dona Rosi e pegamos a Ruta 5. A chuva e o frio nos acompanharam até perto da cidade de Osorno.
Á medida que andávamos em direção norte, parecíamos estar trocando de estação, pois a diferença na temperatura era muito grande. Parecia que no sul estávamos no inverno e agora, 200 km acima no mapa já estávamos enfrentando novamente altas temperaturas. O sol brilhava forte em um céu azul. Olhando para trás, de onde estávamos vindo, víamos nuvens densas cobrindo tudo. Acho que nem se ficássemos mais uma semana em Puerto Varas o tempo não melhoraria!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sul do Chile 2008 Parte 6

Juntos, mas cada um na sua! 2008
Sul do Chile e Argentina

Parte 6

Resolvemos então alugar um carro para passear no dia seguinte. Na primeira locadora me apresentamos como brasileiros, contamos sobre nossa viagem e o preço do carro ficou em aproximadamente R$ 90,00; com km livre. Para certificarmos se havíamos feito um bom negócio, entramos em outra locadora, também perguntando sobre o valor de uma locação, só que não falamos que éramos brasileiros. Resultado: U$140,00. Muito acima do valor do primeiro lugar. Pra começar, já pediram em dólar! Explicação: todos os dias chegam vários grupos de europeus na cidade, principalmente alemães e aí tudo inflaciona. Se você quiser comprar algo lá, tem que deixar claro que é brasileiro, senão, vai perder dinheiro! Outro exemplo: estávamos numa feirinha de artesanato e chegou um ônibus com turistas alemães. O Luciano perguntou o preço de um boné e o rapaz que atendia respondeu “-U$100,00!!!”
Tomamos nosso chimarrão na hospedagem e fomos jantar.
A chuva batendo na janela nos acordou no dia seguinte. Tomamos nosso cafezinho caprichado que dona Rosi nos preparou, e munidos de cuia, erva, bomba, garrafa térmica, máquina fotográfica e tripé fomos enfrentar aquele dia carrancudo!
Pegamos o carro na locadora às 9 horas conforme combinado no dia anterior. Era um Aveo, carro da GM, completinho, com motor 1.4.

Começamos a fazer a volta no Lago LLanquihue e para nos vingar do frio e da chuvinha que agora caía, ligamos o ar condicionado! Primeira parada nos Saltos Del Rio Petrohue. Resolvemos não entrar pois não aproveitaríamos muito devido às condições do tempo. Tiramos algumas fotos e fizemos a volta. Começamos a subir então pela estradinha que leva à base do Vulcão Osorno, e mais adiante, à sua estação de esqui.





À medida que íamos subindo conseguíamos enxergá-lo melhor, mas em um certo momento ficamos envoltos em uma névoa que nos acompanhou até o final do caminho, onde há uma confeitaria, e um teleférico que conduz às pistas de esqui. Fazia muito frio e paramos várias vezes para tirar fotos do gelo que havia na estrada. Na confeitaria pedimos dois chocolates quentes para esquentar as mãos e o corpo. Estávamos tirando fotos quando aconteceu algo, que segundo os próprios funcionários do local é raro de acontecer nesta época: começou a nevar!!! Primeiro timidamente, pequenos floquinhos, mas logo começou a nevar com muita intensidade, cobrindo tudo com vários centímetros de neve. Viramos crianças. Não sabíamos o que fazer. Tirar fotos, jogar neve um no outro, ou se proteger dentro da confeitaria. Ficamos um tempo curtindo o ocorrido, mas eu estava preocupada com a descida. Haviam muitas curvas fechadas e íngremes e não havia muita visibilidade. A estrada praticamente havia sumido! Esperamos para ver se alguém desceria a montanha com aquela neve cobrindo tudo. Fomos até nosso carro, mas antes de entrar tivemos que tirar a neve de cima dele. Um casal de argentinos saiu em uma Parati e fomos atrás, seguindo o rastro deixado pelos pneus de seu carro. Só que como continuava nevando, os rastros eram cobertos em segundos e, cadê a estrada?

Foi uma experiência inesquecível. Descemos cuidadosamente, vencendo curva por curva e quando saímos da névoa, o tempo limpou como num passe de mágica. Paramos num mirador para tirar fotos e quando abri a porta caiu uma massa de neve no meu colo.
Seguindo nossa volta ao lago, passamos por Puerto Octay e Frutillar, pegando aí a Ruta Panamericana até Puerto Montt e depois até Maullín.
Foi sem dúvida, um dia muito bem aproveitado!




segunda-feira, 31 de março de 2008

Sul do Chile 2008 Parte 5

Juntos, mas cada um na sua! 2008

Sul do Chile e Argentina
Parte 5
Em Puerto Varas ficamos na mesma hospedagem do ano passado. Dona Rosi, a proprietária, nos reconheceu e, após nos encaminhar ao quarto, foi para a cozinha preparar o seu tradicional “kuchen” de framboesa. Que saudade!
Amanheceu com chuva e frio. A chuva dava umas pequenas tréguas e aí aproveitávamos para bater pernas pela cidade. O grande vulcão Osorno parecia não existir, pois o tempo estava totalmente fechado. Olhávamos em sua direção e nada! Nenhuma brecha nas nuvens! È o segundo ano que viajamos até aqui e ele não se mostra!
Caminhando pelas ruas de Puerto Varas descobrimos uma pequena revenda da Yamaha, que também pode ser de grande ajuda caso alguém um dia precise de algo para sua moto. Não havia pneu específico para motos como as nossas, mas a atendente disse que, precisando, fariam o pedido para a matriz em Santiago e, em 3 dias, os pneus estariam na loja. Sempre é bom saber disso.
Compramos um jornal para saber a previsão do tempo e as notícias não eram boas. Teríamos outro dia de vento, frio e chuva.

Sul do Chile 2008 Parte 4

Juntos, mas cada um na sua! 2008

Sul do Chile e Argentina
Parte 4



Chegamos à Bariloche às 21:30, depois de aproximadamente 1000 km rodados. Fazia muito frio e ventava ainda, com menos intensidade. A cidade estava bem mais movimentada que no ano anterior e as montanhas tinham mais neve também. Não perdemos tempo e logo achamos um hotel para descansar.


Acordamos revigorados no dia seguinte e arrumamos as coisas para partir. Na saída da cidade paramos em uma loja de motopeças para comprar uma lâmpada de sinaleira, pois a sinaleira traseira da moto do Luciano havia queimado no dia anterior. Nesta loja tem tudo, inclusive pneus. É a Motos Del Sur, e fica na avenida de acesso ao centro de Bariloche.
Partimos da cidade pegando ainda um pouco de vento, frio e uma garoa fininha. Em Villa La Angostura paramos para tirar fotos e a partir daí a chuva aumentou, só parando perto de Puerto Varas, já no Chile.



Chuva e frio. Na divisa entre Argentina e Chile havia gelo perto do acostamento da estrada! Meus dedos estavam duros, mesmo com as luvas, e tive dificuldades no primeiro pedágio para pegar o dinheiro no bolso da jaqueta.




Sul do Chile Parte 3

Juntos, mas cada um na sua! 2008
Sul do Chile e Argentina
Parte 3
Iríamos pela Ruta 3, mas em um posto perto de Cañuelas, onde paramos, uma brasileira que mora em Buenos Aires começou a conversar conosco e nos aconselhou a pegar a Ruta 205, em direção à Lobos, Saladillo e San Carlos de Bolívar, passando depois pelas Rutas 65 e 33, chegando finalmente à Bahia Blanca. A frentista do posto BR confirmou, dizendo que era um caminho com poucos caminhões.
E assim fizemos. Realmente pegamos pouquíssimo movimento, num asfalto perfeito e margeado por plantações de girassóis.

Faltando pouco mais de 150 km para chegarmos, entramos numa tempestade, com muita chuva e vento lateral, diminuindo muito nossa visibilidade, e querendo a toda hora empurrar as motos para fora da pista. Não via a hora de sair fora daquele liquidificador. No horizonte à frente a chuva dava sinais de trégua e chegamos à Bahia Blanca já com sol.


Pernoitamos na cidade e saímos cedo no dia seguinte para enfrentar o trecho que, saberíamos depois, ter sido o mais difícil de toda a viagem!
Saímos de Bahia Blanca pela Ruta 22 em direção à Neuquen, enfrentando um trânsito com muitos caminhões, principalmente perto de General Roca.
Estava muito quente e quase derretemos nas sinaleiras de Neuquen.
A partir daí, pegamos a Ruta 237 para Bariloche. O céu estava azul, limpíssimo, mas à medida que nos aproximávamos de Va. El Chocón começamos a observar uma névoa no horizonte. Paramos no primeiro posto para abastecer e descobrimos o que era a tal névoa: uma tempestade de areia, e estávamos indo na direção dela! Lubrificamos bem as correntes das motos e fomos.
Era tanto vento que minha moto bateu reserva com 125 km rodados. Abasteci em Picuun Leufú e depois em Piedra Del Águila, sempre com a luz de gasolina reserva acendendo entre estes trechos. Perto do asfalto erguiam-se pequenos redemoinhos de vento e areia. O Luciano até parou pra tirar fotos, mas eu não queria perder nem um segundo naquele lugar!
Um ano antes, passamos por este mesmo trecho e não pegamos tanto vento. Lembro-me de ter passado por uma placa que dizia: -“ Ben Venidos à Picuun Leufú, tierra de los vientos!”
Em 2007 passamos ilesos pela terra dos ventos, mas em 2008 não tivemos esta sorte!
Fiquei imaginando que este local poderia contar com geradores de energia eólica. Já há uma grande hidrelétrica na região, mas a energia dos ventos está sendo disperdiçada! Ao menos se ela empurrasse nossas motos para frente! Mas não, o vento ou nos segurava ou nos empurrava para a lateral.



quinta-feira, 20 de março de 2008

Sul do Chile 2008 Parte 2

Juntos, mas cada um na sua! 2008
Sul do Chile e Argentina
Parte 2



No dia 04 de janeiro partimos pela manhã, mas em direção à Novo Hamburgo, onde troquei o pneu traseiro da Hornet na Comoto, já que o original apresentava sinais de desgaste ainda da primeira viagem e fiquei com receio de ter que procurar por pneu na Argentina. Preocupação totalmente infundada, pois como fomos vendo na viagem, existem várias cidades nos países vizinhos onde se pode comprar pneus, trocar óleo, e outras coisas mais que podem se tornar necessárias numa viagem destas. No decorrer do relato, vou contando!
Por volta das 11 horas da manhã, com e serviço feito, apontamos as motos em direção à fronteira e aceleramos! O ano de 2008 estava começando para nós!
Chegamos em Santana do Livramento por volta das 18 horas. Banho tomado, motos bem guardadas fomos tomar um chimarrão e depois comer uma pizza, nos preparando para no dia seguinte, cruzar a fronteira.
Dia 05 de janeiro, bem cedo, abastecemos as motos e partimos. A saída na Aduana foi rápida, fácil, sem filas.
De Rivera à Tacuarembó ( Ruta 5) o caminho é muito bonito e o asfalto muito bom. Em Tacuarembó abastecemos as motos, a minha principalmente até o gargalo, pois enfrentaríamos um trecho onde fiquei sem gasolina no ano passado. Entramos na Ruta 26 que leva à Paysandu e então começou um trecho deserto, com asfalto precário.
Desta vez sem problemas com a autonomia das motos, já que imprimimos um ritmo mais light, principalmente pelo estado da rodovia.
Chegando à Paysandu enfrentamos uma pequena fila na Aduana, mas que fluía bem, não sendo necessário nem descer das motos. Apresentamos os documentos necessários e pronto: estávamos na Argentina!


Pegando a Ruta 14 em direção à Zarate, fomos dormir em Luján, onde tínhamos uma encomenda para entregar: uma cuia de chimarrão para as donas do hotel onde havíamos nos hospedado no ano anterior. Na Argentina existem cuias para vender, mas o pessoal se encanta com as cuias gaúchas, principalmente com a nossa, que é grande, sempre ocupando um espaço privilegiado no bauleto. Já fizemos diversas amizades devido ao nosso chimarrão. Uma outra cuia, parecida com a nossa está em Uspallata, aos pés da Cordilheira dos Andes, no Hotel Vale Andino. Enviamos para lá, depois de nossa estada em 2003.
Nosso presente desta vez incluía cuia, bomba e erva gaúchas.
Em Luján, caso alguém precise, há uma loja que vende pneus para motos grandes, é a Fernando Motos, perto da Basílica.



Nossa estada em Luján este ano será lembrada pelo belo “assado de tira que comemos”.
No dia seguinte, posicionamos as motos em frente à Basílica e tiramos muitas fotos. Dali mesmo partimos, com destino à Bahia Blanca, nosso próximo pernoite.